Lázaro Chagas

sexta-feira, julho 22, 2011

Anton Grigorevich Rubinstein


Anton Grigorevich Rubinstein, em russo Антон Григорьевич Рубинштейн, (Vikhvatinets, 28 de novembro de 1829 — Peterhof, 20 de novembro de 1894) foi um pianista, compositor e maestro russo. É apontado como um dos melhores pianistas sendo sem dúvida um virtuoso.
VIDA
Nascido numa família judaica no território da atual Transnístria, aprendeu a tocar piano cedo. Seu professor, Alexander Villoing, fez o seu exame em Paris, onde tocou para Chopin e Franz Liszt, e também ouviu-os tocar. Em Berlim, ele e seu irmão Nikolai Rubinstein estudaram composição e teoria com Siegfried Dehn. Lá eles conheceram Felix Mendelssohn e Giacomo Meyerbeer. Mudou-se então para Viena onde ensinou por pouco tempo, antes de retornar a Rússia em 1848 onde trabalhou como um músico à cunhada do Tsar.

Estabeleceu-se em São Petersburgo e depois começou uma turné outra vez como um pianista em meados de 1850. Rubinstein foi um crítico do movimento nacionalista russo, cujo rosto mais visível foi o grupo Os Cinco, e que lhe valeu mesmo uma troca de mimos com Mily Balakirev (1837-1910). É que Rubinstein fundou a Sociedade Musical Russa, em 1859, e o Conservatório de S. Petersburgo (a primeira escola de música na Rússia), em 1862, para "combater o amadorismo desse movimento nacionalista"…

Replica of Prokofiev's Prize-Winning Piano
Rubinstein morreu em Peterhof, sofrendo de doenças do coração por algum tempo. Toda sua vida tinha sentido algo de estranho; escreveu sobre ele mesmo em suas anotações - "russos chamam-me de alemão, alemães chamam-me de russo, judeus chamam-me de cristão, cristãos chamam-me de judeu. Pianistas me chamam um compositor, compositores chamam-me de pianista. Os classicistas imaginam em mim um futurista, e os futuristas chamam-me de reacionário. Minha conclusão é que não sou um peixe nem uma ave - um indivíduo lamentável".


OBRA
Até 1867, Rubinstein foi director e professor do Conservatório, período durante o qual teve Tchaikovsky como aluno. Depois, voltou à sua carreira de pianista e dedicou-se igualmente à composição. Esta última faceta será porventura a menos conhecida nos dias de hoje, apesar de ter registado alguns sucessos enquanto vivo. Prolífico, escreveu cerca de 2 dezenas de óperas, oratórios, 6 sinfonias, 5 concertos para piano, música de câmara e obras vocais.

Depois da morte de Rubinstein, seus trabalhos começaram a ser ignorados, embora o seu concerto para piano perdurasse na Europa até a primeira guerra mundial. Caindo em nenhuma tradição, e talvez faltando um tanto de individualidade, a música de Rubinstein era simplesmente incapaz de competir com os clássicos estabelecidos como bons ou com o novo estilo russo de Stravinsky e de Prokofiev.

Rubinstein tinha-se identificado consistentemente com as tradições mais conservadoras na música européia de seu tempo. Teve pouco tempo para a música de Richard Wagner e outros radicais musicais. Mendelssohn foi um idolo durante todo a vida de Rubinstein; executou frequentemente sua música em seus próprios recitais; sua própria música de solo para piano contém muitos ecos de Mendelssohn, de Frédéric Chopin e de Robert Schumann.

Recentemente, seu trabalho foi executado pouco mais freqüentemente na Rússia e no exterior, e teve muitas críticas positivas. Entre seus melhores trabalhos conhecidos estão a ópera "O Demônio", seu "concerto no. 4 do piano", e sua "Sinfonia no. 2", conhecido como "O Oceano".

Fontes
Anton Grigorevich Rubinstein, ed. L. Barenboim, Literary Works (3 vol.), (in Russian), Moscow 1983
Lev Aronovich Barenboim, Anton Grigorevich Rubinstein (2 vol.), (in Russian), Moscow 1957- 62

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